Saúde

Três em cada 10 pessoas nas Américas correm maior risco de desenvolver a COVID-19 grave

Dentro desse grupo, os homens têm duas vezes mais chances do que as mulheres de ter alto risco de desenvolver a COVID-19 grave.

28/07/2020

Nas Américas, três em cada 10 pessoas – ou quase 325 milhões de pessoas – correm um risco maior de ficar gravemente doentes com a COVID-19 devido às suas condições de saúde pré-existentes, revelou nesta terça-feira (21) a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne. E dentro desse grupo, os homens têm duas vezes mais chances do que as mulheres de ter alto risco de desenvolver a COVID-19 grave. Doenças crônicas pré-existentes como diabetes, doença renal e hipertensão, e doenças infecciosas como tuberculose e imunossupressão colocam as pessoas em maior risco de desenvolver a forma grave da COVID-19.

“Infelizmente, muitas dessas condições médicas são comuns nas Américas, tornando nossa região mais vulnerável”, afirmou a diretora da OPAS em coletiva de imprensa.

“Nas Américas, existem 43 milhões de pessoas em alto risco, o que poderá exigir hospitalização devido às suas condições de saúde pré-existentes. E dentro desse grupo, os homens têm duas vezes mais chances do que as mulheres de ter alto risco de desenvolver COVID-19 grave”, pontuou a diretora da OPAS.

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Para ajudar a resolver a situação, a OPAS desenvolveu, em parceria com a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, um novo modelo de dados que fornece uma imagem mais precisa da prevalência das condições de saúde nas Américas.

A nova ferramenta desenvolvida junto à Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres ajudará os países com dados específicos, segundo Etienne, “para adaptar suas respostas à COVID-19 e proteger melhor as populações vulneráveis ??de doenças crônicas que ameaçam a saúde”.

Estratégias para proteger as pessoas com condições subjacentes, variando do isolamento voluntário com assistência ao fornecimento de recursos e sistemas de apoio adequados, podem ajudar os países a reduzir as mortes entre grupos vulneráveis, achatar a curva e preservar capacidade dos serviços de saúde.

Esta nova ferramenta permitirá aos países adaptarem suas respostas para proteger grupos de risco vulneráveis ??e implementar programas inovadores para ajudar as pessoas a gerenciar suas condições com segurança e consistência. Isso inclui o aumento das capacidades de telemedicina e o estabelecimento de novos pontos de apoio para atendimento, permitindo que pessoas com doenças crônicas sejam atendidas por profissionais de saúde longe de pacientes com suspeita da COVID-19.

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