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Receitas caseiras de álcool gel não garantem assepsia adequada

É preciso cautela, pois o produto produzido em casa não garante assepsia

18/03/2020

O momento atual, com o avanço do novo coronavírus, exige cuidados redobrados com a saúde. Hábitos como lavar as mãos com frequência e usar álcool gel estão entre os mais estimulados. Porém, é preciso cautela e, principalmente, informação quando se trata do produto.

Conforme a farmacêutica Alessandra Klein da Silva, atualmente, por causa da alta demanda, a capacidade produtiva de farmácias e laboratórios está prejudicada. Mas, enquanto os especialistas trabalham para normalizar a oferta de álcool gel à população, é necessário estar atento à veracidade das dicas e alternativas que surgem, em suma, no ambiente virtual.

Isso porque, ela explica que a maioria não possui confirmação científica e, ainda, pode gerar riscos à saúde. “Essas receitas, como de gelatina ou gel de cabelo com álcool de cozinha, não atendem com segurança a sanitização das mãos”, enfatiza. O motivo é simples: o produto produzido em casa não garante assepsia. Segundo Alessandra, para ser antisséptico, o álcool deve estar a 70° e, para isso, farmácias e indústrias habilitadas utilizam equipamentos específicos, como alcoômetro e balança devidamente calibrada.

Para quem não tem conseguido adquirir o produto, a farmacêutica indica a higienização frequente das mãos. “Ela precisa ser vigorosa, com sabonete e fazendo os movimentos corretos, não esquecendo dos punhos, da parte superior das mãos, entre os dedos e nas unhas”, esclarece.

De acordo com Alessandra, mantendo uma limpeza adequada das mãos, o álcool gel não é um item indispensável à rotina. “Ele ajuda nos deslocamentos, em situações nas quais não há acesso à uma pia com água, e também com as crianças”, complementa. Entre os cuidados paraevitar o contágio, estão sugestões como evitar aglomerações de pessoas, permanecer em casa o máximo possível, manter os ambientes ventilados e se alimentar corretamente.

 

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