Economia

Produtores de banana arcam prejuízos com estiagem e vendaval em Corupá

A executiva da Asbanco, Eliane Cristina Müller, informa que em torno de 150 mil pés foram afetados pela ventania. Não apenas os ventos prejudicaram os bananais, mas também a longa estiagem.

04/06/2020

Ventos fortes havidos no terceiro decêndio de maio, com rajadas oscilando entre 55 e 70 quilômetros horários causaram muitos estragos aos bananais pela quebra ou tombamento das plantas. Segundo a Associação dos Bananicultores de Corupá (Asbanco), as regiões mais atingidas foram Rio Novo, Rio Natal, Osvaldo Amaral, Ano Bom e Blomplandt.

A executiva da Asbanco, Eliane Cristina Müller, informa que em torno de 150 mil pés foram afetados pela ventania. Não apenas os ventos prejudicaram os bananais, mas também a longa estiagem. A estimativa é de que 40% da safra foi prejudicada com o longo período sem chuvas regulares pela desidratação da planta, em consequência da grande evaporação.

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“As chuvas que caíram esta semana, de baixa intensidade não resolveu nada. Precisamos de chuvas volumosas que penetrem na terra e deixem água acumulada no solo, indispensável para o desenvolvimento da bananeira”, explica.

Eliane comentou que no vendaval, o prejuízo não foi apenas a derrubada da planta, mas também o desfolhamento daquelas que ficaram em pé “como uma folha de palmeira”, o que também causa prejuízo pela diminuição da área foliar. A queda de produção na parte atingida pode chegar a 25% da produção.

Live com meteorologista para alertar os bananicultores

Corupá – Preocupada com a situação dos bananicultores, a Asbanco deve realizar na próxima semana uma live com um meteorologista da Epagri-Ciram para falar sobre os ventos, estiagem, previsão de chuvas e também as baixas temperaturas. “Estamos fazendo o contato com o órgão do governo porque entendemos que nesse momento as informações sobre o clima são valiosas para a nossa atividade”, explicou a executiva da Associação.

“O objetivo é deixar os produtores informados e mais bem preparados”, completou. Quanto à estiagem, o prejuízo é certo. A bananeira é uma planta com elevado e contínuo consumo de água devido à sua morfologia e hidratação dos seus tecidos.

A carência em água adquire maior gravidade nas fases de formação das flores e no início da frutificação. No entanto, a quantidade de água necessária para o bom desenvolvimento da bananeira varia de acordo com a temperatura e umidade do ar e o tipo de solo.

Com a chegada das frentes frias mais frequentes com a aproximação do inverno, o fenômeno da friagem também causa prejuízos à atividade econômica. “O meteorologista deve repassar informações importantes para a atividade da bananicultura”, conclui Eliane Müller.

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