Procon recebeu 14 denúncias de preços abusivos em Jaraguá do Sul
A maioria das denúncias referem-se a preços do álcool em gel, mas também há queixas relativas ao litro de leite em supermercados.
24/03/2020
O Procon de Jaraguá do Sul divulgou na manhã desta terça-feira (24) o balanço de atendimento realizado na segunda-feira (23). Foram 14 denúncias, com quatro diligências e a aplicação de um auto de infração a uma farmácia que vendia máscara a um preço muito acima do praticado antes da crise do Coronavírus e sem justificativa para o aumento.
A informação é da diretora do Procon, Samira Leutprecht, destacando que a maioria das denúncias referem-se a preços do álcool em gel, mas também há queixas relativas ao litro de leite em supermercados.
Samira Leutprecht também informa que novas denúncias já chegaram ao Procon nesta terça-feira e as diligências prosseguem, inclusive com monitoramento dos preços nos supermercados, onde foi constatado um aumento significativo no preço do leite.
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“Porém ainda não temos a resposta se o fornecedor entregou esse produto com o preço majorado ou se o próprio supermercado aumentou por conta própria”, pondera e acrescenta que terá essa resposta até o fim do dia, quando novo balanço será realizado.
A diretora do Procon diz que nem todo aumento de preço é culpa o comerciante. O que tem-se constatado nas diligências do Procon , em especial na questão do álcool em gel, é que o preço tem sido majorado pelo fornecedor.
“A gente vai até o estabelecimento averiguar, porém se a nota de entrada desse produto prova que o comerciante recebeu com o preço acima, ele não está infringindo o artigo 39 do codigo do consumidor – que é de prática abusiva – uma vez que está aplicando o mesmo percentual que já aplicava anteriormente”, explica.
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“Logicamente, alguém terá de responder por isso. Pegamos essa nota de entrada e vamos até o fornecedor, que é quem majorou. Mas, muitas vezes, trat-se de um fornecedor novo. Muitos estabelecimentos nem recebiam desse fornecedor e dessa forma não temos como comparar uma nota antiga dele para esse comerciante”, resume Samira.
ORIENTAÇÃO
Samira avalia que essa procura exacerbada por álcool em gel faz com que o mercado inflacione, deixe o preço lá em cima, pois os preços não são tabelados. É a “lei” da oferta e da procura: quando a procura é maior do que a oferta, o produto fica supervalorizado. “Então, o que a gente pede à população é que não corra atrás de um produto que agora todo mundo quer estocar, como no caso do álcool em gel, forçando, assim, a manutenção dos preços.
No caso do álcool em gel, por exemplo, não há necessidade de fazer estoque em casa, pois pode-se lavar as mãos com água e sabão, que é, inclusive o mais recomendado pelas autoridades sanitárias. O uso do álcool em gel só é recomendável nos casos em que não há possibilidade de água e sabão.
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