Geral

O alho e as pestes históricas

Artigo do Prof. Dr. José Kormann

18/03/2020

Para não causar atritos com ninguém, para os que eventualmente não sabem, deixo claro que sou doutor em História e não em Medicina. E nem tenho intenção alguma de receitar remédios para qualquer insanidade física. Vou apenas citar alguns fatos da história relacionados com algumas das grandes epidemias e nada mais. Peste Bubônica ou Peste Negra. Não se tem dados específicos sobre o número de mortes que ela teria causado e até por onde ela teria se espelhado. Seu início teria sido na Ásia central e de lá se espalhado através de ratos por toda Europa.

A maior violência teria sido nos anos de 1346 a 1353. Quanto ao número de mortos fala-se de 70 a 200 milhões. Há historiadores que citam que um quarto da população teria perecido e outros falam de um terço. Para a população europeia da época foi algo horripilante. E agora um fato curioso: o fato do SIM e do NÃO. Havia por lá uma aldeia onde a Peste Negra foi zero. Nenhum caso. Examinaram o NÃO, o zero da doença e descobriram o SIM: única diferença que o povo de lá tinha muito alho e o consumia.

O terrível Escorbuto. Era a doença do sangramento. Geralmente começava pelo sangramento das gengivas dos marinheiros nos navios de longo curso e causava o apodrecimento da carne que os médicos cortavam com navalhas. Além da terribilidade da doença e das amputações das gengivas e outras partes apodrecidas causava também a morte. No estudo do SIM e do NÃO se descobriu no sim que quem comia alho não contraia o escorbuto e o não o fazia contrair.A partir de então a propaganda para conseguirem trabalhadores nos navios transoceânicos era de que as refeições estariam bem temperadas com alho.

A Gripe Espanhola de 1917 a 1919. Ela atingiu violentamente o sul do Brasil. Lugares mais benignamente e lugares com extrema violência. Houve casos de todo dia recolherem os mortos empilhando-os nas carroças e depois sepultá-los em vala comum. Numa família enorme foram morrendo um por um. Sobrou uma moça na cama já atingida pela maldita Gripe esperando seu triste fim, quando, segundo ela mesma contava, apareceu na janela uma corruíra que ao cantar parecia que ele dizia, em alemão: “coma alho e ficarás boa”.

Prof. Dr. José Kormann

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