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Guedes apoia proposta de transformar feriados de 2020 em ponto facultativo para comércio recuperar dias parados

Guedes atendeu a sugestão feita pelo presidente da CNDL que propôs considerar como ponto facultativo os feriados de 2020, assim como permitir a abertura dos comércios aos domingos em âmbito nacional, sem o custo decorrente de convenções coletivas.

06/04/2020

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu na tarde de sexta-feira (4) com o presidente da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes lojistas), José César da Costa, e com membros da União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (UNECS) para discutir as medidas que podem ajudar a amenizar os impactos da Covid-19 no setor de comércio, serviços e empreendedorismo.

O ministro destacou a importância do governo ouvir os empresários para estar alinhado com o setor. Guedes ressaltou ser fundamental que os empresários busquem e acessem os créditos e medidas disponibilizadas pelo governo e evitem prejudicar os fluxos de pagamento, e que o setor mantenha a rede de pagamentos e os empregos.

Guedes atendeu a sugestão feita pelo presidente da CNDL que propôs considerar como ponto facultativo os feriados de 2020, exceto, a sexta-feira paixão (10/04), o Dia do Trabalho (01/05) e o Natal (25/12). Assim como permitir a abertura dos comércios aos domingos em âmbito nacional, sem o custo decorrente de convenções coletivas.

“A sugestão é excelente e vamos atender, os feriados serão contados como os dias parados agora na quarentena e depois a gente volta ao trabalho com tudo para compensar as perdas registradas agora”, disse o ministro.

Costa pontuou ainda a importância da criação de linha de crédito que atenda às categorias de micro empresários e MEI, com faturamento inferior a R$ 360 mil ao ano.

“Se o dinheiro não está chegando na ponta, precisamos melhorar a operação. Uma sugestão pode ser a liberação do crédito condicionado e carimbado direto ao micro crédito e não necessariamente por meio do corte dos compulsórios aos bancos. A injeção na economia do benefício de R$ 600 irá aquecer o comércio. A democratização do crédito será testada nesse momento”, disse Guedes.

O ministro da Economia citou o auxílio à camada de proteção aos mais jovens e aos informais. “Serão R$ 800 bilhões girando na economia nos próximos 3 meses”, disse Guedes, que destacou “a redução de impostos vai ajudar na retomada da economia do país”.

O ministro afirmou aos empresários que o governo deseja usar o Tesouro Nacional como garantia de algumas das modalidades de empréstimos que serão disponibilizadas no âmbito da crise. Segundo ele, as linhas lançadas durante a crise atendem a empresas com faturamento anual de até R$ 10 milhões. A ideia é expandir isso para companhias com faturamento de até R$ 300 ou R$ 500 milhões.

Guedes disse, ainda, que pretende vincular a liberação de mais recursos para os bancos, por meio da redução de depósitos compulsórios pelo Banco Central, ao repasse direto de créditos para geração de empregos e capital de giro para as empresas.

Guedes acatou ainda a sugestão da criação de um “Comitê de Emergência para Assuntos de Varejo”, para manter um diálogo constante com a equipe econômica do ministério.

Participaram do encontro o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o diretor do Banco Central do Brasil (Diorf), João Manoel Pinho de Mello, os presidentes da UNECS, George Teixeira, da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Sanzovo Neto, da Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), Glauco Humai, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), Paulo Solmucci Junior, entre outros representantes de Entidades ligadas ao setor de comércio e serviços.

Durante a videoconferência, Paulo Guedes, disse que não pode haver desorganização da produção econômica.

“Estamos em período de hibernação. Vamos para o teletrabalho, vamos para o e-commerce. Mas temos que manter oxigenada e funcionando a economia”, disse o ministro.

 

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