Saúde

Em tempos de pandemia estresse pode causar tremor nas pálpebras

Estudos recentes comprovam que os índices de estresse e ansiedade cresceram ainda mais durante o período de pandemia e isolamento social, e consequentemente nosso corpo dá sinais de que algo não está bem.

04/06/2020

Você já se pegou sentindo um dos olhos tremendo involuntariamente? Sabia que a causa pode ser estresse? Estudos recentes comprovam que os índices de estresse e ansiedade cresceram ainda mais durante o período de pandemia e isolamento social, e consequentemente nosso corpo dá sinais de que algo não está bem. A contração involuntária das pálpebras, por exemplo, é um sintoma que deve ser analisado.

Segundo o oftalmologista André Borba, especialista em oculoplástica pela Universidade da Califórnia, a mioquimia é um dos problemas que pode acontecer com qualquer pessoa que esteja com alto nível de estresse, ansiedade, fadiga, excesso de trabalho e poucas horas de sono revigorante. “A mioquimia é uma contração involuntária localizada, rápida e espontânea de um ou mais músculos. É mais frequente na pálpebra mas pode ocorrer em outros pontos da face e até em mãos ou pés”, afirma o especialista.

Leia mais:

Dor de Crescimento? Saiba o que é e o que fazer com o desconforto das pernas

Jaraguá do Sul tem resultados positivos no enfrentamento ao coronavírus

Empresômetro aponta mais de 946 mil empresas ativas em Santa Catarina

 

Na maioria dos casos os sintomas são desencadeados pelo estresse, porém a condição também pode aparecer pelo excesso de cafeína, aumento no consumo de bebidas alcoólicas e exercícios físicos pesados. “Geralmente a mioquimia se resolve sozinha com a diminuição do estresse e fadiga do momento. Por isso, a maioria dos casos não exige medicação e apenas compressa com água morna auxilia na melhora da tensão muscular do local. Aumentar a ingestão de água, diminuir o consumo excessivo de cafeína e álcool, descansar e meditar também ajudam muito”, complementa Borba.

É comum a mioquimia ser confundida com blefaroespasmo, contração automática das pálpebras, que geralmente atinge homens e mulheres a partir dos 60 anos e que não tem cura. “Normalmente a doença começa de forma discreta e aos poucos vai se intensificando. A pessoa pisca sem parar a ponto de não enxergar. Nos casos avançados do blefaroespasmo, a doença pode prejudicar totalmente a visão e atrapalhar o dia a dia e a execução de atividades simples do cotidiano como cozinhar, dirigir e ler”, alerta Borba.

Nos casos onde o tremor prevalece por muitos dias a ponto de incomodar a rotina diária, é necessário procurar um especialista. “A aplicação de toxina botulínica em pontos específicos pode ser utilizada para imobilizar os músculos, diminuindo as contrações indesejadas e melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

Por

Notícias relacionadas

x