Em carta de cinco páginas, vice-governadora rompe com o governo Moisés
Você pode ler a carta na íntegra, clicando aqui:
24/06/2020
De acordo com uma publicação que circula nas redes sociais, a vice-governadora do Estado de Santa Catarina, Daniela Reinehr, escreveu uma carta de cinco páginas ao ex -oficial da reserva, Carlos Moisés, elencando vários motivos que a levaram a romper com o governo.
O primeiro deles, segundo ela, foi o a mudança de postura e alinhamentos do governante, logo após a eleição. “Até hoje não foram explicados ao povo catarinense os motivos de seu afastamento do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, a quem a nossa sociedade depositou 75,92% dos votos”, argumentou a advogada.
Em tom de ressentimento, Daniela ainda acusa o governador de ser incapaz de demonstrar gratidão e empatia.
“Durante este curto período de governo, inúmeras situações causaram-me perplexidade. A sua capacidade de sentir gratidão e de gerar empatia, atributos fundamentais a quem possui nobreza de espírito, é apenas uma delas”, desabafa.
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A vice-governadora reclama ainda na carta da falta de consideração do governador em relação a si mesma, relatando que foi descartada após a vitória nas urnas.
“Senti na pele tamanha desconsideração. “A mulher do Oeste, muito pró-ativa”, foi imediatamente descartada, seja por me opor a algumas decisões logo no início de governo, seja por já ter cumprido papel de contribuir a (sic) vitória eleitoral”, confessa.
Reinehr escreve ainda que foi excluída de reuniões relevantes para o Estado por “motivos mirabolantes e constrangedores”, citando como exemplo uma reunião em que ficou de fora por insuficiência de cadeiras.
“Somente agora consigo identificar o motivo pela qual vossa Excelência me excluía de discussões de relevância para o Estado…cito novamente um exemplo, certa vez, no início de uma reunião, de pauta relevante, na qual fui desconvidada por uma suposta insuficiência de cadeiras”, denunciou.
Mais adiante, Daniela registra seu rompimento com o governador. “Lamento que vossa gestão tenha chegado a esse ponto e que Santa Catarina esteja sofrendo tanto pelas notícias de falta de ética e de moral! Não há mais confiança, não somos mais uma dupla!” Pontua.
Ao final da carta, o assunto dos respiradores vem à tona. “Cada respirador feito por catarinense me emociona, mas choro mesmo ao pensar que 33 milhões de reais poderiam salvar tantas vidas”, finaliza.
Leia a carta na íntegra: