Dezenas ficam feridos após carro avançar contra desfile de Carnaval na Alemanha

BERLIM (Reuters) – Um homem alemão avançou com seu carro contra um desfile de Carnaval na cidade de Volkmarsen nesta segunda-feira (24), ferindo 30 pessoas, incluindo crianças, disse a polícia, acrescentando que é cedo demais para dizer qual foi o motivo.

Promotores e a polícia da Alemanha disseram que o suspeito, um cidadão alemão de 29 anos, estava recebendo tratamento depois de ficar ferido no incidente, e que estão avaliando toda as possibilidades.

“Pode-se afirmar que foi intencional”, disse o porta-voz da polícia, Henning Hinn, a repórteres.

Ele afirmou que oito a dez das pessoas envolvidas foram feriadas seriamente.

“Entre aqueles que ficaram seriamente feridos estão crianças, infelizmente”, disse ele no local, onde um carro Mercedez-Benz cinza que aparentemente estava envolvido foi isolado pela polícia.

A emissora regional Hessenschau disse que a polícia acredita que o motorista agiu deliberadamente, mas que não pôde interrogá-lo devido aos seus ferimentos.

O site de notícias alemão HNA citou testemunhas segundo as quais o motorista parece ter deliberadamente buscado crianças e avançou “com toda a força” sobre a multidão.

Questionado sobre quantos ficaram feridos, um porta-voz da polícia no centro regional de Kassel disse: “Eu diria cerca de 30”.

O jornal Bild disse que alguns dos feridos correm risco de morte e que a polícia supõe que foi um ataque, mas que não há indicações de que tenha motivações políticas.

A polícia cancelou desfiles de Carnaval no Estado alemão de Hesse, onde Volkmarsen está localizada, como medida de precaução, mas disse que não há qualquer perigo em outros lugares na Alemanha.

O incidente acontece menos de uma semana depois de um homem ter atirado contra 11 pessoas, incluindo ele mesmo, em um dos piores ataques racistas na Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial.

O Carnaval é bastante popular em partes da Alemanha, especialmente em cidades como Colônia e Duesseldorf, com dezenas de milhares de pessoas indo às ruas.

Por Stephane Nitschke e Andreas Kranz/ Foto: AFP

Via agência Reuters