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Cooperativa Juriti confirma um abatedouro de tilápias

A área destinada será junto ao complexo da Unidade de Beneficiamento de Arroz (UBS), junto a Área Industrial Zeferino Kuklinski, onde já existe um poço artesiano e espaço suficiente para a construção das lagoas de decantação para o tratamento da água utilizada no processo

27/08/2019

A Cooperativa Juriti vai abrir um novo negócio. Em assembleia realizada na tarde de sexta-feira (23), no Pavilhão B do Centro Esportivo Municipal, foi aprovado o plano de negócios de peixes destinado a construção de um abatedouro de tilápias, com foco na produção, industrialização e comercialização do pescado. A área destinada será junto ao complexo da Unidade de Beneficiamento de Arroz (UBS), junto a Área Industrial Zeferino Kuklinski, onde já existe um poço artesiano e espaço suficiente para a construção das lagoas de decantação para o tratamento da água utilizada no processo.

O estudo de viabilidade econômica e integração demandou o envolvimento de equipe interna da Cooperativa, como também consultores externos especializados na área, com amplo conhecimento do mercado de peixe, inclusive com serviços prestados a outras cooperativas que atuam no setor. Os associados conheceram detalhes do projeto apresentado pelo controlador Francisco Pawlak. A planta do frigorífico também foi apresentada e a projeção do plano de negócios para cinco anos. A ideia é iniciar com cinco tonelada/dia de peixe bruto e a partir do terceiro ano, 20 toneladas processadas ao dia.

Não está prevista a filetagem automatizada. O trabalho será manual na maior parte do processo, o que vai demandar mão-de-obra. A projeção financeira é de investimento de R$ 9,9 milhões com a construção do abatedouro e equipamentos. A atividade deve se autofinanciar, ou seja, será independente e dará resultados à Cooperativa Juriti e aos sócios integrados na criação de tilápias. Nos dois primeiros anos do abatedouro de peixes, a Cooperativa comprará a tilápia de sócios e não sócios, mas a partir do terceiro ano, será exclusivamente de associados. Nesse período será organizada a cadeia de produção, no sistema de integração, como acontece com a criação de frangos.

Plano de negócios prevê retorno do investimento é de três anos

Com o negócio estabelecido, serão aceitos sócios exclusivamente para o peixe, ou seja, não precisa produzir arroz para fornecer o peixe à unidade de beneficiamento de pescado, mas será incentivado quem já é sócio para que amplie a criação de tilápias, ou inicie a criação para ter uma renda extra, aproveitando alguma área excedente na propriedade. A previsão do retorno do investimento é de dois anos e 11 meses. Todos os dados econômicos do plano de negócios foram pormenorizados durante a assembleia da Cooperativa Juriti, de sexta-feira (23), que recebeu mais de 270 associados.

A criação de tilápia para os sócios será pelo sistema de integração, com a Cooperativa oferecendo os insumos e o criador será remunerado pelo trabalho e pela produção. O plano de negócios prevê as vendas para os mercados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Do peixe, tudo será aproveitado. O filé será a parte nobre, mas também serão vendidas as iscas de tilápia, panceta, inclusive a pele, escama e carcaça, que tem mercado. Tudo está previsto no negócio peixe da Juriti. O primeiro e mais importante passo foi dado com a aprovação pela assembleia, autorizando o Conselho de Administração a dar continuidade a ação planejada. O abatedouro faz parte do planejamento estratégico da Cooperativa.

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