Caropreso faz análise sobre governo estadual, convenções tucanas e recursos para a região
A análise foi feita durante a transmissão do “JDV em Foco”, na última sexta-feira (18)
22/09/2020
O deputado Vicente Caropreso foi um dos poucos votos em desfavor do impeachment do governador Carlos Moisés e da vice Daniela Reinehr na votação havida na quinta-feira (17) na Assembleia Legislativa. O processo admitido pela maioria segue, agora, para a segunda fase, que poderá levar à cassação dos mandatos.
Caropreso disse que o governador agiu correto, com respaldo jurídico, na equiparação dos salários dos procuradores do Estado com os da Alesc. “Não houve crime de responsabilidade. Querem degolar o governador que teve 71% dos votos dos catarinenses”. Ele reconhece que o relacionamento ruim de Moisés com os deputados ajudou na admissibilidade do pedido de impeachment.
O episódio dos respiradores é outro processo, que ainda não está em análise. Foram pagos R$ 33 milhões por antecipação e dos 200 respiradores, chegaram 50. Do valor pago, R$ 12,5 milhões foram recuperados. “Nota-se que querem acabar com o governo. Querem fazer nova eleição que não seja pelo voto do povo. Se houver nova eleição, que seja direta”.
A análise foi feita durante a transmissão do “JDV em Foco”, na sexta-feira. Caropreso comentou também sobre as convenções municipais que indicaram candidaturas às eleições de 15 de novembro. O PSDB terá candidatos liderando chapas majoritárias em mais de 120 municípios e em mais de 80 com vice-prefeitos.
Na região, Fernando Reinke (Massaranduba) e Adriano Kath (Schroeder), lideram as chapas tucanas. O parlamentar também citou recursos financeiros destinados a obras municipais, assim como para várias entidades como Apaes, Bombeiros, Rede Feminina, entre outras.
Vicente registrou, também, a vinda de mais 22 agentes penitenciários e de 20 novos PMs em fase de formação, para a região, já assegurados.
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Vicente é contra o impeachment do governador Moisés
Os deputados da Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovaram em sessão extraordinária o andamento do processo de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL) e da vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido). Entre os 40 deputados, 33 votaram pelo afastamento, seis foram contrários e houve uma abstenção. Eram necessários 27 votos para que a denúncia fosse acatada pelo plenário. Para arquivar o caso, o governador precisava de 14 votos.
Com a admissibilidade do processo de impeachment, segue o rito para apurar o crime de responsabilidade por uma comissão integrada por deputados e desembargadores do Tribunal de Justiça de SC. Um dos seis votos contrários ao impeachment, o deputado Vicente Caropreso lamentou após a votação o resultado e ratificou a posição na noite de sexta-feira (18), durante a transmissão “JDV em Foco”, na redação deste jornal, pelo Facebook.
Para Dr. Vicente, não existe justa causa jurídica para afastar o governador. “Querem imputar pena máxima ao governador e à vice-governadora pelo fato de terem cumprido uma decisão judicial, tramitada e julgada, que determinava equiparar o salário dos procuradores do Estado com o que recebem os procuradores da Assembleia Legislativa. Eles não disseram se era certo ou errado, cumpriram o que determinou a Justiça e sob orientação do Procuradoria Geral Estado. A sociedade precisa saber que neste processo não há menção à corrupção, não há menção a enriquecimento ilícito, não há menção a uso da estrutura pública para bem próprio. Houve o cumprimento de uma decisão judicial”, comentou.
Impedimento do governador vai gerar instabilidade política
O deputado Vicente disse durante o “JDV em Foco” que a má interlocução do governo com a Assembleia Legislativa é que motiva parte do Parlamento a querer a abertura do impeachment. “A análise precisa ser feita com base na denúncia apresentada, e não nesse conjunto de situações que ouvi durante a sessão, seja por que o governador não convidou para um almoço, por que não convidou para o palanque, por que fez lei que não agradou. O jeito que o governador trata a política não está em análise. O que está sendo tratado nesse momento é se ele e a vice cometeram ou não crime de responsabilidade. E as evidências apontam que não. O Ministério Público analisou o caso em três oportunidades e não encontrou prática de improbidade por parte do governador”, defende.
“Não podemos nesse momento de pandemia desestabilizar, parar o Estado, por uma questão de disputa política por um erro de formalidade administrativa”, completou.
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