Cultura

Banda escolar vai tocar cavaquinho e pandeiro com muito samba no pé

“Ter uma banda significa sair das paredes da escola, mostrar nosso trabalho para a comunidade”, festeja a diretora

22/08/2019

Conhecido nos meios carnavalescos, o professor de educação física e idealizador do projeto “Samba não tem cor”, José Luiz Pereira, o Tisso, do Bloco Despertar do Amanhã, não quer se aposentar na Escola Marcos Emílio Verbinnen (Estrada Nova) antes de realizar um sonho: o de formar uma banda marcial e de resgatar nas crianças a cultura do samba raiz. Desde o mês passado, o sonho do professor começou a se tornar realidade.

Com a premiação de R$ 20 mil do Ministério da Cultura que, após descontado o imposto de renda, tornaram-se R$ 11,8 mil, o professor comemora o início dos ensaios da banda da escola. O projeto foi selecionado entre 35 mil inscritos no Prêmio Culturas Populares, do Ministério da Cultura, edição 2018.

Está entre os cinco únicos prêmios distribuídos em Santa Catarina. O dinheiro servirá para comprar os uniformes da banda, compra e manutenção de instrumentos musicais, mais viagens de intercâmbio. Mas, se não fosse o apoio da Escola, da Secretaria de Educação – com o pagamento de uma professora de samba no pé – e do voluntariado do instrutor da banda, Wanderley Rosa, o sonho ainda estaria “engatinhando”, como afirma o próprio autor do projeto.

Tisso, mais Wanderley e cerca de 20 alunos começaram os ensaios da banda nas férias escolares, tudo para dar tempo de participar do desfile de aniversário de Jaraguá, comemorado no dia 29 de julho. Com apenas duas semanas de ensaio, a banda da Escola Marcos Emílio Verbinenn surpreendeu e atraiu ouvidos e olhares curiosos.

Profissionais do samba vão ensinar os participantes

Atualmente a banda já conta com 40 membros que, além de tocar os instrumentos tradicionais de uma banda marcial, vão aprender a tocar o pandeiro, cavaquinho, chocalho, tamborim e agogô. Mas, a banda também vai se diferenciar por ter dançarinos com samba no pé. A plateia que assistir à banda não vai se admirar somente com os instrumentos e o samba tocado, mas também com o samba dançado.

Para isso, os alunos vão ter aulas com uma sambista de primeira, que também é professora na Escola Marcos Emílio. “É um sonho realizado para mim também, que sou diretora. Ter uma banda significa sair das paredes da escola, mostrar nosso trabalho para a comunidade”, festeja a diretora Rosângela Kleine. A banda vai ter aulas com mestre no pandeiro e tem viagens marcadas para Florianópolis, Joinville e São Francisco do Sul, para trocar experiência sobre o samba.

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