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Aumento nos casos de pessoas em situação de rua preocupa secretaria de Assistência Social de Jaraguá do Sul

Um plano de ação já foi montado envolvendo a PM, Polícia Civil, bombeiros, hospitais, secretaria de Assistência Social, Ministério Público e Conselho Tutelar para tratar da questão de forma mais abrangente

27/05/2021

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Uma equipe da secretaria de Assistência Social e Habitação de Jaraguá do Sul, a convite da vereadora Nina Camello, participou da sessão ordinária de terça-feira (25) para falar sobre o aumento dos casos de pessoas em situação de rua em decorrência da crise causada pela pandemia da Covid-19 e também sobre o que a Secretaria está fazendo para resolver essa questão.

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Segundo o secretário André Ferreira, os trabalhos de abordagem social e da Casa de Passagem têm aumentado significativamente no município, porém é um fenômeno identificado em todo o Brasil, que atualmente conta com mais de 220 mil pessoas morando nas ruas.

Ferreira afirma que muitas pessoas em vulnerabilidade social que chegam a Jaraguá do Sul vêm para a cidade atrás de trabalho e de uma vida melhor, mas chegam sem estrutura nenhuma, sem casa para morar, sem dinheiro para alimentação e sem emprego.

O resultado é que a equipe de abordagem social da secretaria acaba tendo de fornecer atendimento a elas, mas, conforme o gestor explica, o município não tem como atender a toda essa demanda.

A equipe técnica faz abordagem social de busca ativa, indo atrás delas, identificando os locais em que há incidência dessa população, de violência, de abuso de drogas e de exploração sexual infantil. Os profissionais atuam de segunda a quinta-feira, das 8h até as 21h e, na sexta-feira, sábado e domingo, às 24 horas do dia.

Plano de ação

O secretário de Assistência Social André Ferreira revelou outro problema na Câmara de Vereadores: municípios do entorno e da região do Vale do Itapocu não possuem estrutura para acolher esses moradores de rua e a consequência é que acabam sendo encaminhadas para Jaraguá do Sul, para ter um atendimento melhor. Outro fator que atrai esses caminhantes são as esmolas dadas em semáforos e em outros pontos da cidade, que ajudam a mantê-los nas ruas.

O agravamento da situação foi o homicídio ocorrido em 24 de abril, em Jaraguá do Sul, quando um homem de 55 anos foi encontrado morto em uma casa abandonada com a garganta cortada. Segundo Ferreira, esse homem foi atendido pela equipe de abordagem social por diversas vezes, mas recusou o atendimento e também se recusou a voltar para a sua família. Conforme o secretário explicou, os assistentes sociais da prefeitura, por lei, não podem retirar ninguém das ruas à força, sem a autorização da própria pessoa. Ferreira diz que a secretaria de Assistência Social e Habitação trabalha diuturnamente para reverter este quadro de aumento da população de rua.

Um plano de ação já foi montado envolvendo a PM, Polícia Civil, bombeiros, hospitais, secretaria de Assistência Social, Ministério Público e Conselho Tutelar para tratar da questão de forma mais abrangente.

O presidente da Câmara de Vereadores, Onésimo Sell, também está participando de reuniões de elaboração do protocolo de intenções da pasta, que vai definir as ações a serem realizadas para sanar o problema.

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