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Preso em Brasília, ‘Fuzileiro Oziel’ disse que integrante do Exército orientou que manifestantes saíssem do Planalto após chegada da PM

Detido por suspeita de envolvimento em atos de manifestação em Brasília, Oziel Lima concorreu em 2022 ao cargo de deputado estadual em Santa Catarina, mas não foi eleito.

12/01/2023

Oziel Lara dos Santos, preso em flagrante após o ato golpista em Brasília no domingo (8), disse em depoimento à Polícia Civil que durante os atos no Planalto e após a chegada da tropa de choque da Polícia Militar, um comandante do Exército falava para que os manifestantes fizessem uso da saída de emergência e os convidou a sair. O nome do homem não foi informado.

No entanto, em seguida, os militares das forças de segurança do DF chegaram e deram voz de prisão aos terroristas. O depoimento foi obtido com exclusividade pela TV Globo na quarta-feira (11).

Com 33 anos, o homem que foi preso dentro do Planalto foi candidato a deputado estadual por Santa Catarina nas últimas eleições com o nome ‘Fuzileiro Oziel’. Concorreu pelo partido Patriota, obteve 428 votos e não foi eleito. O g1 SC tenta contato com a defesa dele.

Em depoimento, disse que chegou à capital federal em excursão vinda de Jaraguá do Sul, no Norte catarinense, formada por 48 pessoas. Afirmou que não pagou pela viagem, que foi custeada por “vaquinhas para que pudesse ocorrer, inclusive tendo contado com doações de várias pessoas da população em geral”.

Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou ser empresário. Em 2020, também concorreu ao cargo de vereador pelo município de Jaraguá do Sul, no Norte catarinense. Nas redes sociais, publicou críticas às instituições democráticas.

Segundo o depoimento à Polícia Civil, Oziel afirmou que “durante as manifestações começou a tentar evitar que infiltrados danificassem o local ou que machucassem pessoas, tendo inclusive se colocado entre a tropa de choque e os manifestantes”.

Após a chegada da tropa, ele e outros do grupo se “ajoelharam, começaram a cantar o hino nacional e pediram que o exército os protegesse, momento em que os escudos foram enfileirados e a tropa de choque da PMDF começou a fazer uso de bombas de gás lacrimogênio.

Conteúdo publicado por G1

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