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Coluna: Política & Políticos – Um apelo repetido

Fique por dentro dos principais acontecimentos da política catarinense

06/12/2022

Moção de autoria do vereador Jeferson Cardozo (PL) propõe que municípios da bacia do Rio Itapocu, no caso Corupá, Jaraguá do Sul, Guaramirim, Schroeder, Massaranduba, São João do Itaperiu e Barra Velha, se unam para exigir obras de desassoreamento de um dos grandes rios de Santa Catarina e seus afluentes, como medida preventiva contra enchentes. Como as que já ocorreram em passado recente e na semana passada.

 

O alerta de 2014

A sugestão remete ao ano de 2015, quando o então vereador de Barra Velha, Douglas Elias da Costa, liderou um grupo de técnicos que percorreu municípios da região do Vale em busca de prefeituras parceiras visando pressionar a Defesa Civil estadual para obras de desassoreamento da chamada “boca da barra”, onde o Itapocu deságua no mar. Deputados e senadores também foram convocados, mas foi como falar com as paredes.

 

Duas enchentes

Exceto moção de apoio da Câmara de Guaramirim, historicamente castigada por enchentes, ninguém se mexeu. Com chuvas torrenciais e uma excepcional “maré de lua”, em junho de 2014 cerca de 70 mil pessoas já tinham sido atingidas por enchente apenas em Jaraguá. Um desastre repetido em outubro de 2015, não por falta de aviso. Perguntar não ofende: alguém sabe do projeto de macrodrenagem para Jaraguá do Sul anunciado em 2009?

 

CURTAS

*Depois do segundo desastre eleitoral consecutivo nas urnas de outubro, o MDB começa a juntar os cacos. Uma diretoria executiva provisória deve ser constituída. São sete nomes. Como a coluna já publicou, a tendência é que o deputado federal reeleito, Carlos Chiodini, que também é o segundo vice-presidente do diretório nacional, assuma o comando.

*Depois de muitas trapalhadas que resultaram em um grande racha no partido, o presidente estadual e deputado federal Celso Maldaner, candidato ao Senado derrotado nas urnas, jogou a toalha. Aliás, deveria ser imitado pela chamada “velha guarda” do MDB, já sem qualquer influência no meio político catarinense. Já fizeram o bastante.

*O nome do futuro delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina ainda não foi anunciado pelo governador eleito, Jorginho Mello (PL). Que na segunda-feira (5) anuncio os primeiros 11 nomes (JDV/6/12). Ele delegou à vice-governadora eleita e delegada aposentada, Marilisa Bohem (PL), a escolha. Pessoal, dela.

*Valdir Cobalchini (MDB), deputado federal eleito, é cotado para a Secretaria de Infraestrutura, cargo que já ocupou no primeiro mandato de Raimundo Colombo (PSD), entre 2011 e 2014. Também já foi titular da extinta Secretaria dos Negócios do Oeste (Chapecó) e presidente do Departamento de Transportes e Terminais, entre outros cargos no Estado.

*Para evitar um desgaste político antes mesmo da posse, Jorginho Mello (PL) desistiu de nomear o próprio filho, Filipe Mello, uma espécie de braço direito do pai como articulador político, para chefiar a Casa Civil. O titular é uma espécie de subgovernador. E manda muito!

*Filipe, que é advogado, já foi titular da secretaria de Planejamento em 2010, no primeiro mandato de Raimundo Colombo (PSD). Em abril de 2014, ainda no governo de Colombo, foi ele assumiu a secretaria estadual de Turismo, Cultura e Esporte. E não está descartado para comandar a futura Secretaria de Relações Internacionais.

*Em 2010, Filipé foi indicado para o Planejamento pelo pai, Jorginho, deputado federal eleito naquele ano pelo PSDB, como cota dos tucanos. Em meio a uma feroz disputa pela pasta entre outros partidos aliados. Assumiu por decisão pessoal de Raimundo Colombo.

*Coronel da reserva do Corpo de Bombeiros e secretário da Defesa Civil de Blumenau, Carlos Olímpio Menestrina, postou em sua página do Facebook ser favorável a um golpe militar por conta do resultado das eleições.  O prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) ainda não se manifestou. Menestrina, que já chefiou a Guarda Municipal de Trânsito, está no cargo desde 2018.

 

Acredite quem quiser

Por iniciativa do Fórum Parlamentar Catarinense, integrado pelos “nossos” 16 deputados federais e três senadores, o secretário nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, esteve em Florianópolis. E prometeu recursos, sem falar em valores, até porque isso exige levantamentos em todas as cidades atingidas. Só para lembrar, a contar de hoje (7) faltam 24 dias para acabar o ano. E Brasília está a 1.265 km de Florianópolis (de avião). É muito longe, né não?

Lá e cá

Com R$ 77 milhões empenhados para 2022/2023 (R$ 7 milhões já investidos), mais R$ 120 milhões (sobra do R$ 300 milhões repassados pelo Estado), as obras de duplicação da BR-470 entram no ano novo sem paralisações. Já sobre a BR-280, nada de novo. Ou seja, estamos fritos, para não dizer outra coisa.

 

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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