Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Coluna: Política & Políticos – As regionais de Jorginho
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30/11/2022
*Governador eleito Jorginho Mello (PL) quer ressuscitar a tal descentralização do governo adotada pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB). Embora em dimensões menores. Para satisfazer o apetite pelo poder de partidos aliados, em 2003 LHS criou 28 secretarias de desenvolvimento regional espalhadas pelo Estado. Depois ampliada para 36.Uma delas em Jaraguá do Sul.
*As SDRs, extintas nos governos de Pinho Moreira (PMDB) e Carlos Moisés (Republicanos) tinham, em média, 14 servidores, mas sem autonomia nem mesmo para mandar roçar a beira de rodovias estaduais, no que dependiam de Florianópolis. As cinco regionais que Mello estuda criar teriam sede em Chapecó, Lages, Joinville, Blumenau e Criciúma ou Tubarão.
*Por conta dos 670 km de distância de Florianópolis, com centenas de quilômetros em estrada sem pavimentação, em dezembro de 1963 o governador Celso Ramos (PSD) inaugurou a Secretaria dos Negócios do Oeste (FOTO) com sede em Chapecó. Em prédio com toda a estrutura administrativa, máquinas, caminhões e operários (cerca de 320) para atender 34 municípios da região.
*Com espaços para a Coordenadoria Regional de Educação, Inspetoria Regional de Tributos e Secretaria de Agricultura. A SNO teve participação decisiva na construção de pontes, hospitais, estradas de rodagem, escolas, aeroportos, delegacias, cadeias públicas, postos de saúde, fóruns, quartéis e penitenciárias, por exemplo. Com 45 máquinas pesadas e outros 77 veículos. Bem diferente dos 36 cabides de emprego da era LHS.
*A Secretaria dos Negócios do Oeste foi extinta pela a lei 5.089 de 30 de abril de 1975 (governo de Antônio Carlos Konder Reis), mas mantida por cerca de sete anos. O argumento era de que o órgão atendia mais os interesses de Chapecó. Porém, já era nítida a disputa política entre a Capital e o município-sede, fruto da nomeação de políticos de municípios vizinhos.
*Na campanha eleitoral de 1986, Pedro Ivo Campos (PMDB) rotulava a SNO como “um cabide de empregos”. Mas, eleito governador (fez 18.636 mil em Chapecó contra 15.174 mil de Vilson Kleinübing), foi aconselhado a manter a estrutura visto críticas do próprio partido e empresários da região. Só seis anos depois veio o atestado de óbito da SNO com o Decreto 2.405 de 21 de agosto de 1992, do sucessor Vilson Kleinübing, eleito governador em 1990.
*Depois de muitas discussões e bate-bocas entre o governo e a elite econômica da região, prevaleceu o argumento do Executivo: a SNO já havia cumprido o papel de aproximar o Oeste da Capital. Assim, 30 anos depois, a única secretaria descentralizada à época fechava as portas. Por ironia, em 1990 Kleinübing (PFL) venceu eleição para governador em Chapecó: 21.506 votos. O dobro de Paulo Afonso Vieira (PMDB), que prometia não fechar a secretaria.
As lanchas do Gregolin
O catarinense Altemir Gregolin (PT), nascido em Coronel Freitas, é novamente cotado para ministro de Pesca, cargo que já ocupou entre 2006 e 2011 (governo Lula). Gregolin, foi condenado pelo Tribunal de Contas da União por compra irregular de lanchas-patrulha em processo aberto em 2012.
Compra superfaturada
Em seu relatório o ministro Walton Alencar afirmou que a compra, entre 2009 e 2010, foi maior que a capacidade do Ministério de colocar em atividade. As lanchas gastavam tanto combustível que 23 delas não podiam operar normalmente, porque eram desprovidas da necessária autonomia no mar. Custaram R$ 31 milhões superfaturados segundo o TCU.
Dinheiro para campanha
Em 2010, o dono da Intech Boating (de Palhoça), fabricante das lanchas, doou R$ 150 mil para o comitê de campanha do PT, que repassou 80% para a candidata ao governo, Ideli Salvatti (PT). Ideli, com o empresário jaraguaense Guido Bretzke de vice, fez 754.223 votos. Sucessora de Gregolin no Ministério, ela autorizou o pagamento das embarcações.
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