Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Coluna: Chiodini vice de Moisés?
A pergunta é pertinente visto que, desde o início, sempre se postou em defesa do ex-prefeito Antídio Lunelli (MDB)
14/04/2022
O que levaria o deputado federal Carlos Chiodini (MDB) a desfilar ao lado do governador Carlos Moisés (Republicanos) em Rancho Queimado em ato de repasse de verbas para prefeituras da região? A pergunta é pertinente visto que, desde o início, sempre se postou em defesa do ex-prefeito Antídio Lunelli (MDB). A foto, emblemática pelo seu conteúdo, ensejou especulações de que Chiodini será o vice na chapa de Moisés. À imprensa o deputado mandou dizer que “muita coisa ainda vai rolar”.
“Chegou a minha vez”
Em passado recente, o deputado teria confidenciado a interlocutores mais próximos que, pelo seu tempo de filiação no partido, teria chegado “a minha vez”, em alusão às eleições de 2022. E à disputa majoritária. Com Lunelli, sem apoio sólido das bases, declinando a favor dele (Chiodini), como vice ou candidato ao Senado. Dois nomes de Jaraguá do Sul na majoritária seria inviável. Há outra vertente: Lunelli a deputado federal em dobradinha com sua ex-chefe de gabinete e ex-mulher de Chiodini, Manuela Wolff, para deputada estadual.
Conversas amiúde
A proximidade de Chiodini com Moisés não é recente, já conversaram amiúde. Como o faz a bancada do MDB na Assembleia Legislativa. Que na noite de terça-feira (13) reuniu dezenas de prefeitos das 21 microrregiões do Estado em apoio à reeleição de Carlos Moisés. Com direito a empolgados discursos, incluindo o presidente da Alesc, Moacir Sopelsa (MDB).
Eleições
- Chapa majoritária anunciada com o petista Décio Lima candidato a governador não agradou o presidente do PSB, Claudio Vignatti, também ex-presidente do PT catarinense. O anúncio da chapa de Lima é uma reação à pré-candidatura do senador Dario Berger (PSB), rejeitado por unanimidade pelos outros partidos de esquerda.
- Os 100 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil, o PCdB, mereceram homenagens em sessão especial Assembleia Legislativa. O ato reuniu lideranças de partidos que compõem a chamada Frente Democrática, que pretende eleger o petista Décio Lima ao governo do Estado.
- Senador Dario Berger (PSB) publica na página do Facebook vídeo onde diz não ser um político carreirista e que está na política com o intuito de ajudar as pessoas. No seu currículo consta um mandato de vereador e dois de prefeito de São José, dois mandatos como prefeito de Florianópolis e senador desde 2014. Seriam 28 anos ajudando pessoas. Coração bondoso, não?
- Deputado federal Celso Maldaner, também presidente do MDB e em seu quarto mandato consecutivo, não vai à reeleição. Mas tentará eleger a mulher, Rose Maldaner (MDB), para a Assembleia Legislativa. Ela é ex-prefeita por dois mandatos do pequeno município de Maravilha (Oeste), onde os Maldaner dominam a política local há décadas.
- Esperidião Amin (PP) e Raimundo Colombo (PSD) estão em perfeita sintonia. Foram apoiadores de chapa majoritária encabeçada pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), mas incluindo o empresário Luciano Hang a senador. Sem Hang, Rodrigues jogou a toalha. Agora, Amin e Colombo são pré-candidatos. Ambos têm dois mandatos no currículo.
- Com Amin na disputa majoritária ao governo do Estado, Jair Bolsonaro (PL) teria um segundo palanque em Santa Catarina, além de Jorginho Mello (PL). Ao contrário de Colombo, que abomina JB. Mas a ideia é marchar para as eleições com PP e PSD em coligação com o PSDB. Que apontaria o vice. Até porque em chapa única seria um suicídio.
O drama das estradas
Dados da Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística, que representa mais de 20 mil empresas, apontam que em 3,2 mil quilômetros de rodovias catarinenses avaliadas em pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, o percentual de avaliação entre regular, ruim ou péssimo ultrapassa a 70%. Com reflexos diretos no custo do transporte, prejuízo à logística e menos segurança nas estradas. Relatório da PRF mostra que, em 2021, foram 7.880 acidentes só nas rodovias federais, com 8.691 feridos e 357 mortes.
Custo de R$ 2,89 bilhões
No caso de rodovias estaduais, o ano de 2021 registrou 6.951 acidentes com 204 mortes. Ari Rabaioli, presidente da Fetrancesc e outros dirigentes estiveram na Assembleia Legislativa pedindo socorro. Ouviram do presidente da Alesc, Moacir Sopelsa (MDB), que não é candidato a reeleição, promessa de “empenho” junto aos governos estadual e federal. O estudo aponta, ainda, para R$ 2,89 bilhões necessários à reconstrução, reparos e manutenção da malha viária catarinense. Rabaioli (PL/Joinville) é candidato a deputado federal.
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