Brasil

Como a WEG desafiou a seca da Amazônia para entregar carga de 635 toneladas

Entenda como a WEG realizou uma das operações logísticas mais complexas e desafiadoras do ano

15/04/2025

Você consegue imaginar uma carga de mais de 600 toneladas atravessando o Brasil até o coração da Amazônia durante a estação mais seca do ano? Parece cena de documentário, mas foi exatamente isso que aconteceu. E o protagonista dessa história é de casa: a WEG, multinacional de Jaraguá do Sul, realizou uma das operações logísticas mais complexas e desafiadoras do ano.
A missão era transportar três gigantescos transformadores de Betim (MG) até Silves (AM), passando por rodovias, portos e rios de navegabilidade limitada. Em tempos de estiagem severa na floresta amazônica, qualquer erro poderia significar semanas de atraso — ou até a paralisação completa da entrega.

O desafio: dimensões colossais, tempo crítico e clima hostil

O projeto envolveu a movimentação de:
  • 3 transformadores com até 965cm de comprimento e 5 metros de altura;
  • 94 volumes de acessórios em 21 caminhões;
  • Peso total: impressionantes 635 toneladas
O destino? Uma região isolada no interior do Amazonas, acessível apenas por via fluvial. Mas o trajeto estava longe de ser simples: além da distância, a equipe enfrentou níveis de água perigosamente baixos nos rios amazônicos, terrenos difíceis e a necessidade de manusear equipamentos extremamente sensíveis.
A complexidade do transporte não estava apenas no peso ou no tamanho — mas na necessidade de garantir a integridade total dos equipamentos, cada um essencial para a operação de uma usina de geração de energia.

Foto: Maersk/Divulgação

A estratégia: como engenharia e logística se uniram para enfrentar a floresta

Diante do cenário, a WEG, em parceria com a Maersk Project Logistics, estruturou uma estratégia multimodal precisa e integrada, dividida em três grandes etapas:

Etapa 1: Rodovias de MG ao RJ

Tudo começou em Betim (MG), de onde os três transformadores e dezenas de volumes de acessórios partiram em uma caravana especial de 24 caminhões. A carga seguiu por estrada até o Porto de Itaguaí (RJ), onde foi cuidadosamente armazenada e consolidada para a próxima fase.

Etapa 2: Navegação marítima até Belém (PA)

Com a carga consolidada, a operação seguiu por navio até o Porto de Outeiro, em Belém (PA). Esta etapa exigiu controle rigoroso de prazos e segurança, pois qualquer atraso poderia comprometer a janela de navegabilidade no trecho seguinte, o mais crítico de todos.

Etapa 3: A travessia pelo rio em plena seca amazônica

A última fase foi a mais delicada: o transporte fluvial de Belém até Silves (AM). Com monitoramento em tempo real dos níveis do rio, a equipe esperou o momento exato em que a profundidade permitiria a passagem da balsa, considerando o calado da embarcação e o peso da carga. Um cálculo milimétrico — literalmente — separava o sucesso do fracasso.
Todo o trajeto foi planejado para garantir transições suaves entre os modais, sem sobrecarregar estruturas e respeitando a fragilidade ambiental da Amazônia.

Uma missão de precisão: o que estava em jogo?

Mais do que uma entrega de transformadores, essa operação representava o fornecimento de parte essencial para o projeto energético Azulão, no Amazonas — um investimento de R$ 5,8 bilhões que visa gerar 950 MW de energia, reforçando a infraestrutura elétrica do Norte do Brasil.
Para a WEG, qualquer falha no processo poderia significar não apenas perdas materiais, mas impactos severos em cronogramas estratégicos do setor energético nacional. Por isso, cada etapa foi executada com engenharia de precisão, análise de riscos e sincronia total entre os times.

Foto: Maersk/Divulgação

De Jaraguá do Sul para o Brasil: o impacto de uma empresa que vai além das fronteiras

A operação comprova, mais uma vez, a capacidade da WEG de enfrentar cenários extremos com competência técnica, inovação e confiabilidade — características forjadas ao longo de décadas em Jaraguá do Sul, onde a empresa mantém sua sede e um dos principais polos industriais do país.
Enquanto muitos veem a Amazônia como uma barreira, a WEG enxerga desafios como oportunidade para inovar. E, com essa entrega bem-sucedida, reforça seu papel de liderança em projetos de alta complexidade e impacto nacional.

Como isso impacta sua vida?

Para quem vive em Jaraguá do Sul, cada conquista da WEG representa muito mais do que destaque empresarial: significa emprego, renda, inovação e orgulho regional. É a prova de que uma empresa local pode mover o Brasil inteiro — e até desafiar a natureza — com excelência e visão de futuro.

Notícias relacionadas

x