Samae projeta mais três reservatórios e ampliação da rede de esgoto sanitário

Samae projeta mais três reservatórios e ampliação da rede de esgoto sanitário – O Samae planeja construir mais três reservatórios, beneficiando os bairros Ilha da Figueira, Rio Cerro e Nereu Ramos. A informação foi compartilhada pelo diretor-presidente Onésimo Sell e pelo diretor de drenagem e resíduos sólidos, Deverson Simioni, na plenária da CDL, quarta-feira (26), no Baependi.

Diretor-presidente Onésimo Sell. Foto JDV | Flávio José Brugnago

Jaraguá do Sul conta com 77,5 mil economias de água e 64,2 mil economias de esgoto. Isso garante que 99,8% da população tenha água tratada e 91% tenha esgoto tratado, um dos índices mais altos do Brasil. São 39 reservatórios com capacidade para 25 milhões de litros, o que garante abastecimento por até 8 horas caso ocorra uma paralisação nas estações de tratamento.

Onésimo destacou que, enquanto Jaraguá do Sul atende 99,8% da população com água tratada, em Santa Catarina o índice é 89,6%, e no Brasil é 84,9%. No tratamento de esgoto, a cidade de Jaraguá atinge 91%, enquanto em Santa Catarina o índice é 29,1% e no Brasil é 56%.

O Samae também iniciou a construção da ETE Centenário, que terá maior capacidade. A ETE Ilha da Figueira será desativada quando concluída, com previsão de término em três anos.

Para garantir segurança hídrica, o Samae construirá três novos reservatórios nos bairros Rio Cerro, Nereu Ramos e Ilha da Figueira. A ETA Central tem capacidade para mil litros por segundo, mas atualmente utiliza menos de 400 litros por segundo, permitindo grande flexibilidade para aumento da demanda.

Investimentos de R$ 125 milhões em esgoto sanitário até 2028

A rede de esgoto expandirá com a construção da ETE Centenário. Os bairros João Pessoa, Vieira e Centenário receberão novas ligações. Lançarão a ordem de serviço para a implantação de 31 quilômetros de rede de esgoto, beneficiando principalmente a região de Três Rios do Norte, além de bairros como Barra do Rio Cerro, Barra do Rio Molha e Tifa Martins.

Deverson Simioni, diretor de drenagem e resíduos sólidos. Foto JDV | Flávio José Brugnago

De acordo com Onésimo, para completar os 9% de esgoto tratado faltantes, serão necessários investimentos de R$ 125 milhões até 2028. Parte do valor virá das receitas próprias do Samae, e parte de financiamentos. “O saneamento é muito caro, mas Jaraguá do Sul tem capacidade para executar”, afirmou Onésimo.

Em 2024, o Samae teve uma receita de R$ 148 milhões.

Coleta seletiva em Jaraguá do Sul

Outro tema abordado foi a coleta seletiva. Comerciantes do centro relataram problemas com lixo ao lado dos contentores. No entanto, a autarquia explicou que isso ocorre quando moradores e lojistas não colocam o lixo nos lugares corretos ou nas datas corretas. “Há até restos de material de construção, o que não é permitido”, comentou Deverson Simioni, diretor de drenagem e resíduos sólidos.

A coleta seletiva em Jaraguá do Sul cobre 18% de todos os resíduos sólidos recolhidos, contrastando com os 5,25% de Santa Catarina e 2,37% da média nacional. Treze cooperativas recebem o material para reciclagem. “Isso ocorre principalmente devido ao saco verde, que aumentou a conscientização da população sobre a separação dos resíduos”, afirmou Deverson.

Além disso, a cidade ganhará mais dois Pontos de Entrega Voluntária (PEV), na Ilha da Figueira e em Nereu Ramos, somando ao existente na Vila Lenzi.

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