Política e Políticos – A (i) mobilidade urbana

Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br

Planos de mobilidade urbana (a cada ano pior) apresentados por candidatos a prefeito de Jaraguá do Sul não focam, ou o fazem sem qualquer análise mais criteriosa, a linha férrea. Que se transformou nas últimas décadas, visto o crescimento interno da frota de veículos (sem contar o trânsito regional de passagem) no maior obstáculo para fazer a cidade “andar” melhor com sua frota motorizada em horas de “pico”.

Nem sequer há notícias sobre o paradeiro de projeto anunciado (e iniciado) ainda no governo de Irineu Pasold (2001/2004) e retomado anos depois como marketing político nos governos de Cecília Konell (2009/2012) e pelo sucessor, Dieter Janssen (2013/2016). E tudo o mais é discurso, conversa fiada.

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CURTAS

*Onofre Santo Agostini, ex-deputado estadual e federal entre 1991 e 2015, sempre pelo PFL, e que decidiu abandonar as urnas, é garoto propaganda em programas eleitorais da campanha à reeleição do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD).

*Geovana Gessner (MDB), 39 anos e prefeita de Trombudo Central (Alto Vale do Itajaí), que está no segundo mandato, teve a perna esquerda amputada por consequência de uma trombose. Por conta da doença, que afeta também os braços, ela já havia sido submetida a outras cirurgias. Geovana segue internada no hospital regional de Rio do Sul.

*Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2070 Santa Catarina será o segundo estado mais populoso do Sul do país, com 10,4 milhões de pessoas. À frente do Rio Grande do Sul, com 9,1 milhões e atrás do Paraná, que daqui a 46 anos, diz o IBGE, terá 11,8 milhões de habitantes.

*Trabalhadores terceirizados em alguns setores do governo estadual estão com os salários atrasados. A empresa Master Clean, para quem trabalham, vive dificuldades financeiras sem poder pagar impostos atrasados e, por isso, não pode receber de órgãos públicos para quitar os salários. Em última instância, o contratante responde pela dívida com os empregados.

*Entre as dezenas de mulheres que disputam vagas na Câmara de Joinville, duas são diferentes das demais, na maioria deles representando donas de casa, aposentadas, profissionais liberais, professoras, servidoras públicas, negras e pardas.

*Eloísa Corrente (PSDB) 62 anos e aposentada, já trabalhou na prefeitura e na própria Câmara, é a única adepta da religião Islâmica. Larissa Stephanie (PCdoB), 23 anos, garante ser a única candidata representante LGBT+ (Com informações do jornalista Luís Verissimo).

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Mais uma escola militar

Na contramão de Brasília, que decretou o fim da parceria via Ministério da Educação e das Forças Amadas (o governo tem mais o que fazer, disse Lula da Silva), Santa Catarina terá seu sétimo colégio militar já aprovado pelo Conselho Estadual da Educação. Será instalada em Chapecó, no prédio da Escola de Educação Básica Zitta Flach, que já tem 12 salas de aula, cinco laboratórios científicos, ginásio, auditório, refeitório, biblioteca e ampla área de convivência.

O modelo destas escolas é administrado pela Polícia Militar, uma delas na Tifa Martins, em Jaraguá do Sul (foto). A disciplina e a educação dos alunos, dentro e fora das escolas, é algo visível, marcante. Vai daí uma demanda muito maior que a oferta de vagas.

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VIA BRASIL

*Não há hoje negros à frente de nenhuma prefeitura entre as 56 das regiões metropolitanas de Porto Alegre e Florianópolis. Na região Sul como um todo, onde quase um quarto da população é parda ou preta, eles são apenas 4% dos líderes municipais. O diagnóstico é do relatório “Retrato das Desigualdades”, do Observatório Brasileiro das Desigualdades. Negros e pardos comandam apenas 28% das prefeituras brasileiras, mesmo sendo 55% da população.

*Nada menos que 675 programas de governo de candidatos às Prefeituras nas eleições de 2024 citam os termos “tarifa zero” ou “passe livre”, segundo levantamento do projeto Vota Aí, uma parceria entre o Centro de Estudos de Opinião Pública da Universidade Estadual de Campinas (SP). De graça para quem usa, porque quem não usa também paga. Com impostos que subsidiam o sistema.

*O número de propostas do gênero praticamente dobrou em relação a 2016, quando 384 candidatos citavam a gratuidade no transporte entre suas propostas. Em 2020, foram 434 menções. Até setembro de 2024, 136 cidades brasileiras já adotavam a tarifa zero. Em 20 delas, tarifa zero em dias específicos, ou para beneficiários, linhas e bairros determinados.

*Na Câmara dos Deputados um dos destaques da semana é a retomada da discussão de projetos que facilitariam o impeachment de ministros do Supremo Tribunal de Justiça, limitando decisões monocráticas e permitindo que o Parlamento suspenda decisões da Corte.

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Os “jogos de azar”

Lula da Silva (PT) fez discurso em defesa da regulação dos chamados “jogos de azar”, cujo projeto, vez por outra, volta à discussão no Congresso. E que sempre foram os concorrentes diretos das loterias da Caixa. “Estamos percebendo no Brasil o endividamento das pessoas mais pobres tentando ganhar dinheiro fazendo apostas.

E isso é um problema que vamos ter que regular”. Ele também admitiu que o governo está discutindo um projeto de lei que proíbe o uso de telefones celulares dentro de salas de aulas de escolas públicas e privadas do país. O Ministério da Educação vai levar a proposta ao Congresso Nacional em outubro.

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