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Paralimpíadas: Jerusa Geber e Lorena Spoladore fazem dobradinha brasileira nos 100m

Velocista conquista primeiro ouro paralímpico da carreira após bater recorde mundial; Rayane Soares fatura prata e Mateus Evangelista leva bronze no salto em distância

03/09/2024

Paralimpíadas: Jerusa Geber e Lorena Spoladore fazem dobradinha brasileira nos 100m

Foto: Reuters

 

Fonte: GE

Jerusa Geber e Lorena Spoladore garantiram uma dobradinha do Brasil nos 100m T11, para atletas com deficiência visual, nas Paralimpíadas de Paris nesta terça-feira (3). Após bater o recorde mundial da prova na semifinal com 11s80, Jerusa voltou a voar na pista do Stade de France e conquistou o ouro, desta vez com o tempo de 11s83. Lorena fechou a prova em 12s14 para faturar o bronze, atrás da chinesa Cuiqing Liu, que fez 12s04. “É minha quinta participação em Paralimpíada e essa é a primeira medalha de ouro, eu não tenho palavras para expressar a minha felicidade. São muitos anos tentando buscar essa medalha, demorou um pouquinho, mas saiu”, festejou a velocista.

 

A medalha é a primeira de ouro em Jogos Paralímpicos da velocista de 42 anos, que em 2019 se tornou a primeira atleta cega a correr os 100m abaixo de 12s. Jerusa já tinha no currículo o bronze nos 200m nos em Tóquio 2020, duas pratas, nos 100m e nos 200m, em Londres 2012 e o bronze nos 100m em Pequim 2008. Em campeonatos mundiais, já conquistou três medalhas de ouros nos 100m: em Kobe 2024, Paris 2023 e Dubai 2019. Jerusa nasceu totalmente cega e após algumas cirurgias bem-sucedidas ao longo dos anos voltou a enxergar, mas aos 18 anos perdeu totalmente a visão.

 

Assim como na semifinal, Jerusa não deu chance às rivais e dominou a prova do início ao fim ao lado do guia Gabriel Garcia, que disputou as Olimpíadas de Paris 2024. Lorena, que já tinha um bronze na mesma prova nos Mundiais de Kobe 2024 e Dubai 2019, também sobe ao pódio pela primeira vez nos 100m em Jogos Paralímpicos ao lado do guia Renato Oliveira, que chegou a sentir uma lesão na coxa no meio da prova, mas correu até o fim com a atleta. A paranaense, de 29 anos, perdeu a visão gradativamente devido a um glaucoma congênito. Aos quatro anos, já tinha 95% da visão comprometida e dois anos mais tarde, ficou totalmente cega.

 

Outros paratletas

Nos 100m T13, para atletas com deficiência visual, Rayane Soares fez a prova de sua vida para chegar à medalha de prata, sua primeira em Paralimpíadas. A velocista fechou a prova em 11s78, melhor marca de sua carreira e novo recorde das Américas, atrás apenas de Lamiya Valiyeva, do Azerbaijão, que ficou com o ouro estabelecendo o novo recorde mundial da prova, com 11s76, a marca da brasileira também foi abaixo do antigo recorde, de 11s79. A irlandesa Orla Comerford completou o pódio com 11s94.

 

Bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e prata na Rio 2016, Mateus Evangelista conquistou um lugar no pódio no salto em distância T37, para atletas com paralisia cerebral, pela terceira vez na carreira em Paris. O brasileiro ficou com o bronze com um salto de 6,20m, mesma distância atingida pelo queniano Samson Opiyo, que levou a prata no desempate. O argentino Brian Impellizzeri dominou a prova e conquistou o ouro, com um salto de 6,42m.

 

Na abertura da sessão da tarde no Stade de France, pelos 400m T20, para atletas com deficiência intelectual, a brasileira Antônia Keyla terminou a final em sétimo lugar com 58s34. O ouro ficou com ucraniana Yuliia Shuliar (55s16), a prata foi para a turca Aysel Onder (55s23) e o bronze, para a indiana Deepthi Jeevanji (55s82). Nos 100m T47, amputados de braço, Maria Clara Augusto chegou na sétima colocação com 12s63. O tempo foi o mesmo obtido pela atleta nas eliminatórias, o melhor do ano. Nos 400m T20, deficiência intelectual, Samuel Conceição ficou em quinto lugar com 48s59 e Daniel Martins chegou em sétimo, com 48s91.

 

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Foto: Reuters/Stephanie Lecocq

 

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Foto: Copa Dipil/Divulgação

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Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.

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