Política e Políticos – Os mais “ricos”

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Nos três maiores colégios eleitorais de Santa Catarina, o candidato a prefeito mais “rico”, segundo registro no Tribunal Superior Eleitoral, é Adriano Silva (Novo), que disputa a reeleição em Joinville. Ele declarou R$ 16.270.304,84 em bens ao TSE. Atrás dele aparece o ex-promotor de Justiça, Odair Tramontin (Novo), que concorre à prefeitura de Blumenau pela segunda vez. Ao TSE ele declarou possuir R$ 10.264.438,03 em bens. Em Florianópolis, Dário Berger (PSDB) lidera com bem menos: R$ 2.370.499,96 declarados. Sócio da Urbano Alimentos, uma das maiores empresas do Brasil neste ramo, Jair Franzner (MDB), que disputa a reeleição em Jaraguá do Sul (10º maior colégio eleitoral), declarou ter R$ 17.484.979,70 em bens. Edson Junkes (PL) aparece depois com R$ 9.215.341,82.

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CURTAS

*MDB e PP, “inimigos de morte” a se considerar as relações sempre belicosas entre o ex-governador Luiz Henrique da Silveira e o senador Esperidião Amin, agora se abraçam em Joinville tentando fazer frente ao favoritismo do prefeito Adriano Silva (Novo). Resta saber a reação dos eleitores destes partidos, sempre “atiçados” por discursos de desprezo mútuo.

*O MDB encabeça a chapa com o empresário Luiz Cláudio Gubert, um ilustre desconhecido do eleitor joinvilense. De vice vai Anelísio Machado, do PP, empresário do setor educacional e oitavo mais votado (8.085) para prefeito em 2020, entre 15 candidatos. Na prática, é só para cumprir tabela.

*Em Florianópolis a esquerda (rachada) vai às urnas com duas chapas: uma liderada pelo deputado Marcos José Abreu (PSOL), o Marquito, a outra com o ex-vereador Vanderlei Faria (PT), o Lela, abençoado por Lula da Silva. Ambos enfrentam uma dupla de peso: o prefeito Topázio Neto (PSD) e o ex-senador Dario Berger (PSDB).

*Pelo andar da carruagem, eleição polarizada em Blumenau. O partido Novo volta às urnas com Odair Tramontin, que tem o vereador Carlos Wagner (PSD) de vice. O PL com o deputado estadual Egídio Ferrari, e a atual vice-prefeita Maria Regina, (PSDB), de vice. De resto, ninguém faz sombra (ainda) aos dois.

*Em Criciúma a batalha pela prefeitura tem dois nomes históricos da política do Sul catarinense. O prefeito Clésio Salvaro (PSD) apoiando Vaguinho Espíndula, ex-secretário municipal da Fazenda. Com Jorginho Mello/Bolsonaro pedindo votos para Acélio Casagrande (PL). Que foi secretário da Saúde do próprio Salvaro.

*Em Jaraguá do Sul, décimo maior colégio eleitoral de Santa Catarina, salvo melhor juízo a eleição para prefeito está afunilada entre duas chapas: uma liderada pelo prefeito Jair Franzner (MDB) com o empresário João Pereira (PSDB) de vice. Outra do empresário Edson Junkes (PL). O vice é Odair Garbila (PRD), sargento da Polícia Militar.

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Mais quatro federais

“Já faz 31 anos que as bancadas não são atualizadas. Precisamos fazer justiça. Cada deputado federal de Santa Catarina, por exemplo, representa 475 mil pessoas. Em Roraima, cada parlamentar representa 79 mil pessoas. É justo? O voto do catarinense vale menos”. O discurso é do deputado federal Rafael Pezenti (MDB) autor de projeto de lei que dá ao estado mais quatro deputados federais.

O Censo de 2022 do IBGE mostra crescimento populacional de 21% em 12 anos. Se o critério da evolução demográfica for seguido, Santa Catarina teria 20 federais a partir de 2025. Aliás, o Supremo Tribunal Federal deu prazo até 30 de junho do ano que vem para que o Congresso faça a redistribuição das vagas. Senão, o Tribunal Superior Eleitoral o fará.

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VIA BRASIL

*A deputada federal Ana Paula Lima (PT), que tenta ser prefeita de Blumenau pela terceira vez, espera ansiosa por resposta a pedido feito a Lula da Silva (PT) para vir à cidade cabalar votos para sua chapa. Ela e o marido, Décio Lima (PT), que já foi prefeito de Blumenau (1997/2004) são compadres de Lula.

*Pela amizade e fidelidade que já dura décadas, e pelo desempenho nas urnas (histórico no caso do PT) como candidato a govenador em 2022, Décio, também presidente do diretório estadual petista, foi recompensado com a presidência do Sebrae Nacional em abril de 2023.

*Com o “sim” de Lula da Silva (PT) o Ministério da Educação sofreu bloqueio de R$ 1,28 bilhão. Do total, R$ 29 milhões deixam de ser repassados à Universidade Federal de Santa Catarina. Ao contrário de ruidosos protestos no governo passado, quando recursos de universidades federais foram retidos para necessário pente-fino, dessa vez há um silêncio de cemitério.

*Aliás, já em 2023 o governo Lula bloqueou R$ 323 milhões em recursos para a educação, com maior impacto a educação básica (R$ 201 milhões), educação profissional e tecnológica (R$ 11 milhões) e a educação superior (R$ 119 milhões). Além de alfabetização de crianças, transporte escolar e bolsas de estudo. E a esquerda, muda!

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O perfil do caminhoneiro

O caminhoneiro autônomo brasileiro é homem em 99% dos casos, tem idade média de 46 anos, está há 17 anos na profissão, trabalha 12 horas/dia, a R$ 39,50/ hora trabalhada. Pouco cuida da saúde e, não raro, usa remédios e outras drogas para ficar acordado por mais tempo. Estes são alguns dos dados de pesquisa da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos e apresentada na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.

A pesquisa feita em maio com 1006 caminhoneiros de todo o país mostrou que 46% pensam em ficar na profissão, mas outros 54% pensam em sair. Isso porque não acreditam em ações do governo federal para incentivar a categoria a permanecer na estrada. Estima-se que no Brasil cerca de 1,9 milhão de pessoas trabalhem no transporte de cargas.

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