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Futsal: Catarinense Pito fala sobre os próximos sonhos e o início de carreira

Pivô abordou sobre ser eleito o melhor jogador do mundo, a rivalidade Argentina x Brasil e a Copa do Mundo

25/01/2024

Futsal: Catarinense Pito fala sobre os próximos sonhos e o início de carreira

Foto: Fifa/Divulgação

 

Natural de Chapecó, em Santa Catarina, o pivô Pito foi eleito o melhor jogador do mundo nesta temporada. Em entrevista a maior entidade do futebol de salão, a Fifa, ele falou sobre a conquista individual e o desejo de vencer a Copa do Mundo de Futsal em 2024. O nome verdadeiro do pivô Pito é Jean Pierre Guisel Costa, ele tem 32 anos e 1,85 metros.

 

FIFA: Seu pai tinha uma grande perspectiva com o filho, mas não era você, certo?

Pito: (risos) Meu irmão era a joia da família. Ele era muito, muito bom. Jogou pelo Internacional, de Porto Alegre, na categoria sub-20 e treinava na seleção principal, mas teve que passar por duas cirurgias no joelho. Ele não tinha mais cartilagem, não conseguia treinar todos os dias.

 

O médico disse que ele teria que parar de jogar ou, quando chegasse aos 40, não conseguiria andar. Então, ele parou de jogar e o fardo ficou nos meus ombros (risos). Queria seguir os passos do meu pai quando era jovem, tornar-me jogador de campo, mas o meu percurso levou-me ao futsal.

 

Você pode nos contar sobre como abandonou o futsal no final da adolescência?

Parei de jogar duas vezes, a primeira foi porque eu não conseguia mais estudar pela manhã. Tinha que estudar à tarde, que era quando treinava. Depois de um ano, consegui mudar de faixa e voltei a jogar futsal. Joguei mais alguns anos, mas depois desisti novamente porque o clube em que jogava não tinha time para minha idade.

 

Eles investiram tudo nas categorias profissionais, era jogo pela seleção principal ou nada. Eu ainda era jovem e, para ser sincero, não era muito bom na época, então tive que sair e arrumar um emprego. Trabalhei distribuindo panfletos, como garçom, em uma loja de roupas, mas não aguentei nada.

 

Qual foi a sensação de disputar a Copa do Mundo de Futsal da FIFA pela primeira vez?

Foi a realização de um sonho, obviamente meu sonho também incluía ser campeão mundial. Infelizmente perdemos nas semifinais, mas conseguimos ganhar uma medalha. A Copa do Mundo é outra coisa, é o auge do esporte, tem o mundo inteiro assistindo. Realizei um sonho ao jogar uma Copa do Mundo e, agora, estou determinado a realizar outro sonho de vencê-la neste ano.

 

Primeiro o Brasil precisa conquistar uma das quatro vagas oferecidas na Copa América, né?

A qualificação para a Copa do Mundo fica cada vez mais difícil, temos que treinar, nos preparar o máximo possível, porque se estivermos abaixo do nosso melhor não vamos conseguir. As pessoas falam sobre Brasil e Argentina, mas há muitos times bons na América do Sul.

 

Argentina e Brasil estando no mesmo grupo torna tudo ainda mais difícil, certo?

É uma situação diferente, Argentina e Brasil são sempre os cabeças de chave no sorteio. Não fomos, porque perdemos para a Argentina nas semifinais da última Copa América. Estamos no mesmo grupo, enfrentamos eles no último jogo, será um jogo muito difícil, mas espero que desta vez consigamos vencer.

 

Nos últimos três torneios que joguei contra a Argentina, perdemos. É difícil de aceitar, isso chega até você. Já é ruim o suficiente perder três vezes consecutivas para qualquer time, mas contra seus maiores rivais dói muito.

 

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Foto: Jaraguá Futsal/Divulgação

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Por

Sou Felipe Junior, jornalista formado, na Universidade Regional de Blumenau (Furb), pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Multimídias, na Anhembi Morumbi, em São Paulo.

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