Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
A sede própria da Câmara de Vereadores que nunca saiu
A Câmara funciona em prédio obsoleto, um verdadeiro labirinto de corredores, comprado da Associação Empresarial na gestão do vereador Afonso Piazera Neto (1999/2000), por cerca de R$ 380 mil.
27/01/2021
Desde a gestão da ex-vereadora Maristela Menel, em 2008, a construção de uma nova sede para a Câmara de Jaraguá do Sul é assunto recorrente. De lá para cá o Legislativo tem feito reservas em seu orçamento anual para a edificação. Simbólicas, pode-se dizer.
Como o R$ 1 milhão que a maioria dos vereadores resolveu devolver ao Executivo para uso em ações de combate a Covid-19. Mas, sabe-se lá o porquê, até hoje a obra não saiu do papel, mesmo que o orçamento atual comporte o custo da construção.
Sede obsoleta
A Câmara funciona em prédio obsoleto, um verdadeiro labirinto de corredores, comprado da Associação Empresarial na gestão do vereador Afonso Piazera Neto (1999/2000), por cerca de R$ 380 mil. E adaptado a toque de caixa, sem muitas alterações até hoje.
À época, a ACIJS estava construindo sua nova sede, ao lado da Scar. Mas, causa surpresa ver o partido Novo, sempre radicalmente contra gastos de recursos públicos em ações fora do contexto de coletividade, agora defendendo a ideia de que o Legislativo execute o projeto.
Mais “conforto”
Alegam ser preciso dar mais conforto para os edis e a quem vai assistir às sessões.
Vereador do partido, Rodrigo Livramento, até ironizou a devolução da verba de R$ 1 milhão ao Executivo. Mas, exceto quando se tratar de interesses dos servidores municipais, não será uma nova sede que fará o público voltar às sessões plenárias.
Em Joinville a Câmara tem a mais moderna e confortável sede das Câmaras de SC. O público médio, porém, é de gatos-pingados. Porque lá e aqui há razões de sobra para essa crescente descrença no Legislativo, refletida a cada eleição.
Sem mordomias
De forma coletiva, todos os 19 vereadores eleitos em São José (vizinho a Florianópolis) abriram mão de privilégios que no passado, outras legislaturas criaram em benefício próprio.
Assim, carros oficiais (sete da frota de 10 veículos já foram doados), celulares, linhas telefônicas, selos e correspondências por conta da Câmara não ocorrerão nos próximos dois anos. A função de motorista já foi extinta. Isso é economia na prática. Exemplo a ser copiado? Vai esperando.
Acordo
Sai Júlio Garcia (PSD), atualmente em prisão domiciliar, e entra Mauro de Nadal (MDB) na presidência da Assembleia Legislativa, que elegerá a nova Mesa Diretora dia 1° de fevereiro. E já com tudo combinado: Nilso Belanda (PP) será o vice.
Em 2022 o MDB segue na presidência, com Moacir Sopelsa e Maurício Eskudlark (PL) como vice. PSL, PT e PSB dividem outros cargos.
Penduricalhos
Em 2019 o deputado paraibano Pedro Cunha Lima (PSDB) apresentou Proposta de Emenda Constitucional, a “PEC do Penduricalho”, até hoje não votada.
Prevendo o fim de uma série de auxílios (creche, mudança, alimentação) para quem recebe mais de 1/4 do salário de ministros do Supremo Tribunal Federal. Ou seja, mais de R$ 10 mil/mês. Nove dos deputados federais de SC assinaram a proposta.
Uso de celulares nas salas de aula
O uso do celular em salas de aula sempre motivou discussões polêmicas, a exemplo das máquinas calculadoras.
Nestes casos, há quem diga que, em tal ambiente, as duas ferramentas apenas colaboram para o “emburrecimento” dos alunos. Mas, um projeto de lei do deputado Nilso Berlanda (PL) pretende mudar essa história.
Permitindo o uso de celulares durante as aulas, em escolas públicas e privadas, para atividades didático-pedagógicas.
Berlanda defende a proposta afirmando que, desde o início da pandemia do coronavírus, o celular se tornou ainda mais imprescindível, seja para quem trabalha ou para quem estuda, como uma das principais formas de manter os alunos conectados com a escola.
Respostas
Citando Manaus, capital do Amazonas, como exemplo do caos na saúde pública, o deputado João Amin (PP) encaminhou ofício ao governador Carlos Moisés (PSL) cobrando informações sobre a capacidade do Estado em disponibilizar insumos para tratamento da Covid-19.
Com o aumento de casos em todo o país, a corrida pelo oxigênio, medicamentos e insumos em geral é diuturna.
Entre outras coisas, Amin quer saber sobre o estoque disponível para os hospitais de referência no atendimento a pacientes com a Covid-19. E qual a estratégia logística para suprir os estoques em decorrência de um possível aumento de casos graves.
Receba as colunas e notícias do JDV no seu WhatsApp!
Notícias relacionadas
Coluna: Escola Antonieta vandalizada. Até quando?
Essa semana recebi fotos da fachada da Escola de Ensino Fundamental Antonieta de Barros, em pleno Centro de Florianópolis, situação que se perpetua há 16 anos, quando foi fechada por falta de manutenção. Fui procurada justamente porque no dia 11 de fevereiro publiquei, nesta coluna, o conto “Entrevistando Antonieta”. Nesse…