Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.
Coluna: Os desafios da atividade jornalística
Ser jornalista exige dedicação, responsabilidade e coragem, pela exposição constante dos profissionais na busca pela notícia. A prática do Jornalismo registra uma época, tanto que é fonte obrigatória de consulta para historiadores e pesquisadores, no resgate de fatos históricos.
03/02/2021
Profissão Repórter. Não, não estou tratando aqui do programa brasileiro que apresenta temas diversos em um grande canal de televisão. O enfoque aqui é outro e vai além do que o público assiste na telinha, ou confere nas redes sociais.
Me refiro à atividade jornalística em si. Do desafio em informar, desvendar, denunciar, conscientizar e contribuir para que a sociedade civil se posicione e pressione por mudanças, sempre que necessário.
Portanto, o foco aqui não é o poder corrosivo das fake News, que disseminam a desinformação com propósitos mal-intencionados. Tampouco dos que não honram a profissão. Estou falando dos que desempenham o ofício com ética e comprometimento social. E nesse momento em que lutamos para vencer a pandemia do coronavírus, a atuação dos jornalistas na divulgação de informações é fundamental.
Ser jornalista exige dedicação, responsabilidade e coragem, pela exposição constante dos profissionais na busca pela notícia, esteja onde estiver. Dependendo de onde se trabalha, é atuar em plantões, deixando em segundo plano, muitas vezes, datas comemorativas, festas em família e até a vida pessoal. Ações que fazem parte da rotina de quem leva a sério e é apaixonado pelo que faz, nesse caso, a prática do Jornalismo. É registrar uma época, tanto que as publicações resultam em fonte obrigatória de consulta, para historiadores e pesquisadores, no resgate de fatos históricos.
Mas fazer parte do Quarto Poder tem seu preço. Se tornou rotineiro ver repórteres sofrerem constrangimentos, agressões verbais e físicas, no Brasil e no mundo. Nos casos mais graves, perdem a vida.
Como jornalista que por décadas atuou na cobertura de diversas editorias, em veículos impressos de circulação estadual e regional, sigo acompanhando a cobertura dos profissionais da Comunicação e seus desdobramentos.
Me chamou a atenção o recente relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que identificou um aumento nos índices de violência contra jornalistas em 105,77% em 2020. O documento foi apresentado no Fórum Social Mundial. Foi o índice mais violento no país desde a década de 1990.
Fica o manifesto pela liberdade de imprensa no exercício da profissão. Respeito, acima de tudo.
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