Como a festa foi realizada no salão do Seminário, o evento foi alvo de críticas, assim como a entidade. Nas redes sociais, o Seminário Sagrado Coração de Jesus publicou uma nota para esclarecer os fatos.
“O Seminário nunca compactuou e nunca compactuará com posturas que não condizem com a moral cristã e, muito menos, com o devido respeito, seja com o Espaço Sagrado deste Seminário, seja com o tempo sagrado que somos cada um de nós”, diz a entidade em nota.
Conforme a entidade, uma das principais fontes de renda para a manutenção de sua estrutura é a realização de eventos ou, ainda, a locação de seus espaços para realização de atividades. “Portanto, o Seminário não é responsável [pelo evento]”, diz.
Além disso, a entidade também afirma que já acionou seu jurídico para se eximir judicialmente da responsabilidade pelo evento. “Nos unimos as pessoas que se sentiram ofendidas com o ocorrido e lamentamos profundamente os desdobramentos gerados”, cita o Seminário em nota.
A organizadora do evento, Ana Bandelow, comenta que esta foi a terceira edição da festa “As Patroas”, que ocorre desde março de 2022. No encontro ocorre desfile de moda, bebidas com os tequileiros, brincadeiras. “É para a mulherada se divertir”, brinca Ana.
O objetivo da empresária era usar a festa para movimentar o comércio da cidade, já que ela é dona de lojas, e empoderar as mulheres.
Ela afirma que não esperava que o evento fosse viralizar. “Muitos comentários maldosos e machistas”, revela. Alguns bastante pesados, desrespeitando as mulheres. Para estes casos, Ana também acionou a Justiça. Apesar das críticas, está vendo o lado bom do caso.
“Recebi muitas mensagem para trazer o evento para Itajaí, Balneário [Camboriú], pessoas dizendo que querem vir para Corupá”, conta.
Viralizou na web
O caso se espalhou pelas redes sociais e gerou diversos comentários. “Essa festa das casadas em Corupá, foi um sarro kkkkkkk, me racho vendo os vídeos”, publicou um perfil.
Por conta da repercussão, muitas pessoas defenderam o direito das mulheres se divertirem. “Ah, pronto. Agora, a mulherada não pode nem sair se divertir em Corupá que é chamada de vagabunda. Pelo amor, homens sendo homens”, comentou uma pessoa.