Divulgação/JusCatarina
Nesta quinta-feira (14), a Polícia Federal juntamente com o Ministério Público Federal deflagraram a terceira fase da Operação Alcatraz, que investiga supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A ação batizada de “Obstrução”, cumpre cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. As diligências aconteceram em Florianópolis e em São José.
Um dos mandados de prisão preventiva, tem como alvo o ex-secretário-adjunto de Administração de Santa Catarina, Nelson Castello Branco Nappi Junior.
O ex-secretário já era investigado pela operação e tinha sido alvo de prisão preventiva, de mandado de busca e apreensão em outras fase das investigações. Ele cumpria prisão domiciliar.
Entre os alvos da operação, estão três residências e uma empresa familiar de um investigado. Também houve bloqueio de bens dos suspeitos de participarem do esquema.
De acordo com a PF e o MPF, o foco da terceira fase é evitar ações dos investigados que pudessem atrapalhar o andamento do processo. Além disso, os investigadores querem colher novos elementos de provas.
A ação, que foi autorizada pela Justiça Federal da Capital, é resultado do que foi apurado nas apreensões e investigações de outra fase da Alcatraz, deflagrada em janeiro deste ano e denominada como “Hemorragia”.
Investigação
Segundo a PF, o inquérito da ação desta quinta, teve início após a apreensão de bens, documentos e equipamentos eletrônicos na casa de um dos envolvidos na operação “Hemorragia”.
As provas colhidas, segundo os agentes, mostraram que há fortes indícios de que o investigado continuava envolvido com a prática de crimes, especialmente lavagem de dinheiro.
Apesar de preso desde a primeira fase da operação, o indiciado, segundo a PF, contou com auxílio da esposa. Em coletiva, o procurador da República, Alisson Nelício Cirilo Campos, informou que a mulher era responsável por buscar valores com terceiros para quitar despesas. Ela deve responder por lavagem de dinheiro, obstrução e corrupção.
“É importante deixar bastante claro que não foi uma participação eventual da esposa. A esposa somente foi alvo dessa ação porque ela participou ativamente”, disse Campos.
Nos telefones apreendidos na segunda fase, a Polícia Federal encontrou conversas que demonstravam que os investigados contavam com auxílio externo para busca de valores com terceiros para quitação de dívidas.
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