Celesc caminha para a privatização

A privatização da Celesc Distribuidora, uma das seis companhias estatais estaduais do setor elétrico ainda existentes no país mostra sinais de avanços. Ontem (12) o Conselho de Administração da empresa reuniu-se para deliberar sobre a proposta do presidente Cleicio Poleto e do governo de Carlos Moisés (PSL) de cancelamento da eleição do Diretor Comercial pelos empregados, experiência executada há três anos. A nova diretoria encomendou um parecer na Procuradoria Geral do Estado para anular a eleição do diretor Antônio Linhares, mas na última reunião do Conselho a manifestação jurídica foi rejeitada.

O movimento de anulação do processo eleitoral se dá porque um possível comprador não quer problemas de enfrentamento jurídico quando assumir a empresa. O próprio governador já admitiu a venda da Celesc e de outras empresas estatais do Estado. O que ocorre, também, no âmbito do governo federal e, também, no setor de energia elétrica com a venda da Eletrobrás. O primeiro sinal indicando uma possível privatização ocorreu no primeiro semestre do ano, com o fechamento de escritórios e a nomeação de novos diretores regionais com a missão de enxugamento administrativo.

A Celesc responde por 90% do fornecimento de energia em Santa Catarina. Em 2018 obteve um lucro líquido de R$ 165 milhões, ou 148,2% a mais que no ano anterior.